A história do Éden não acabou. Todos os dias reencenamos a queda quando entregamos nosso desejos às coisas que vão nos destruir. Vícios existem onde quer que as pessoas sejam internamente impulsionadas a dispender energia em coisas que não são seus verdadeiros desejos. Para definir diretamente, vício é um estado de compulsão, obsessão, ou preocupação que escraviza a vontade e o desejo de uma pessoa. Vícios sobrepõem e eclipsam a energia de nossos mais profundos e verdadeiros desejos por amor e bondade.
Talvez vício pareça um termo muito forte para alguns de vocês. Uma mulher que está servindo fielmente na igreja-claramente não há nada de errado com isso. E quem pode culpar o homem que fica até mais tarde no escritório para prover para sua família? Claro, você pode se preocupar com a refeição de amanhã mais do que a maioria das pessoas, e seus hobbies podem ser incômodos às vezes, mas chamar quaisquer dessas coisas de vícios parece forçar um pouco a barra.
Tenho uma única resposta: Desista. Deixe de lado as coisas que lhe dão uma sensação de segurança, conforto, empolgação, ou alívio. Logo você vai descobrir as amarras que o prendem no âmago de sua alma. Vai haver ansiedade; você começará a pensar sobre trabalho ou comida ou futebol ainda mais. Abstinência vai tomar conta. Se você conseguir por uma ou duas semanas com total força de vontade, você encontrará uma tristeza crescendo na sua alma, uma grande sensação de perda. Letargia e falta de motivação seguirão.
Lembre-se, faremos ídolos de qualquer coisa, especialmente algo bom. Tão distantes agora do Éden, estamos desesperados por Vida, e acabamos pensando que devemos consegui-la da melhor maneira possível, ou ninguém vai. Deus precisa derrotar nossas aspirações, para nos salvar.
(Desire, 92-93)
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